Era noite de festa na televisão brasileira, seria uma entrevista em homenagem à grande escritora brasileira Letícia Nascimento Costa, a primeira brasileira a conquistar o Prêmio Nobel de Literatura.
Grandes nomes da literatura, como Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles e Cecília Meireles não tiveram esse privilégio, mas Letícia sobrepujou todas em talento e qualidade, e foi reconhecida mundialmente por isso.
Os holofotes iluminavam a grande estrela da noite, que com vários livros publicados, todos best sellers, mostrava que tinha vindo para ficar como simplesmente a maior, a top da literatura brasileira.
O público à aplaudia de pé, e depois da apresentação e da qualificação da homenageada, a apresentadora do evento perguntou para a homenageada à quem ela devia aquele sucesso, e a homenageada da noite com humildade, agora num silêncio sepulcral, afinal todos queriam ouvir suas palavras, disse que primeiro devia à Deus, e depois à sua mãe Marília, e antes que continuasse a falar, a voz de sua mãe a acordou dizendo que a vovó tinha feito um cuscuz maravilhoso e teriam que acelerar senão chegariam atrasadas no shopping center.
Então Letícia saiu daquele mundo encantado e voltou à realidade, mas estava feliz, estava ao lado de sua mãe, então lhe falou que mesmo que ela nunca fosse escritora, que nunca fosse famosa, que nunca ganhasse o Prêmio Nobel de Literatura, seria sempre feliz pela mãe que tinha, e tinha orgulho quando as pessoas falavam que ela se parecia muito com a mãe, era xerox e xeroquinho, mas não só isso, também tinha orgulho de ter uma mãe maravilhosa e de caráter em quem se espelhar e afirmou que faria de tudo para orgulhá-la e merecer todo seu amor.
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