segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Caravana 2

Começamos tomando um delicioso café com pão de queijo e bolo, e depois tomamos o passe e em seguida fizemos a leitura do evangelho e o pedido de proteção da espiritualidade.
O pessoal participante foi dividido em 4 carros e pouco antes de chegarmos a primeira casa a ser visitada, encontramos um clima diferente, dois rapazes logo cedo fumando narguilé e ouvindo funk. Já dentro da casa, todos espremidinhos, percebemos a felicidade da mãe que adotou uma criança autista ainda bebê. E agora, já rapaz, muito inteligente por sinal, era capaz de calcular que dia da semana cai qualquer dia informado, e ele com o celular na mão assistindo futebol, afirmou que no ano 2022 quer um violão um pouco caro que ele pesquisou na internet, e disse também que quer dirigir um ônibus prata no de 2055. Fico pensando como a mãe do rapaz irá administrar essa situação, mas com certeza Deus a fará capaz para isso. Fizemos o evangelho no lar e partimos.  A equipe agora foi dividida em duas turmas, para podermos fazer mais casas.  Minha turma foi para a segunda casa que era de uma senhora que tinha uma apêndice para ser operada, a barriga estava muito grande, mas o grande problema era sua diabetes altíssima e a pressão também.  O médico adiou a cirurgia, e ela deu graças à Deus, e fez questão de comentar sua aversão ao bolo de chocolate que queriam presenteá-la em seu aniversário. Foi feito o evangelho no lar e a deixamos com uma expressão radiante e feliz apesar de no dia anterior sua glicemia ter chegado aos 450.
Na terceira casa, um rapaz veio atender a porta e disse que seus pais tinham ido na missa, e que ele iria em seguida, e nosso dirigente comentou conosco que talvez não fosse mais necessário visita-los, pois esta família já tinha encontrado seu caminho.  Partimos para a última casa, e o que estranhei foi que até aquele momento só tínhamos visitado casas humildes, e agora era uma bela casa de uma pessoa de um poder aquisitivo melhor.  Quando o dirigente tocou a campainha, no interfone uma moça informou que estava no banho e que demoraria alguns minutos para atender-nos, o que realmente aconteceu. Estranhei que ela não nos mandou entrar nem no quintal, teríamos que fazer o evangelho na calçada. Também foi informando que iria sair e tinha um pouco de pressa, e já foi dizendo que estava decepcionada com a religião, que era espirita e o dirigente do centro que frequentava vivia falando em política, o que a desagradou e fê-la ter deixado de frequentar esse centro.  Era uma pessoa culta e disse que fazia o evangelho no lar sozinha e rezava sempre também sozinha, comentou que não achava importante uma igreja porque Jesus não fez nenhuma igreja, só ensinou o evangelho.  Comentou também que tinha um cunhado cientista que era ateu, e era uma pessoa extremamente boa e ajudava todo mundo, então para ser bom não é necessário ter religião nenhuma.  O dirigente confirmou sua afirmação e dai o bate papo se transformou numa preleção que ela fazia, e esqueceu sua pressa e não queria nos deixar ir embora.
Fizemos o evangelho na calçada e quando saímos comentei com nosso dirigente que este mundo é muito pequeno mesmo, quando a moça se referiu ao cientista ateu, falava do meu irmão que é casado com a irmã dela, comentei que meu irmão quando da presente de natal para minhas filhas, da antes ou depois do natal porque para um ateu não existe natal, mas quando vai prestar algum concurso sempre pede para nossa mãe acender uma velhinha.
Só a reconheci quando ela reclamou de estar com dor na coluna e dar seu nome para ser colocado na caixinha de vibrações, e como não nos víamos desde o casamento do meu irmão há quinze anos atrás, acredito que ela também não tenha me reconhecido, assim constatamos que o destino nos reserva surpresas e caprichos.  Voltamos para o centro onde recebemos outro passe e agradecemos a espiritualidade termos tido sucesso no trabalho.
Realmente para todos sempre é uma experiência marcante e agradecemos a Deus a oportunidade de podermos tê-la vivenciado.

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