sexta-feira, 18 de outubro de 2019

E Agora José ? (20)

Deus é a fonte do bem; o mal é criação dos homens

Todos nós cremos em Deus, alguns mais e outros menos, e até ateu eu já vi pedindo à Deus que lhe desse saúde para poder provar que Ele (Deus) não existe.
Eu estou  em outro estágio, além de crer em Deus, também sinto-o dentro da minha alma.  Observando as criações de Deus, compreendo seu poder e seu amor. Vendo os continentes, com toda sua fauna e flora, suas belezas e perfeições, os mares, rios e lagos, e todos os tipos de vida que temos no planeta posso imaginar a grandiosidade do criador.
Quando vejo um bebê recém-nascido com as dobrinhas nas mãozinhas, os dedinhos obedecendo a proporcionalidade, as impressões digitais únicas para cada ser humano, e as vezes nos primeiros dias de vida esboçando um sorriso, percebo que um pai e uma mãe pouco contribuíram para isso.
E nesse paraíso que Deus criou, Ele permite que os homens vivam e se evoluam, e os homens para atingirem seus objetivos se destroem, se  degladiam, roubam e matam.
Além de tudo também destroem seu meio ambiente, destroem os recursos naturais e poluem o habitat, causando tragédias e desequilibrando a natureza.
Assim eu vejo que Deus é a fonte da vida e do bem, e o homem é o causador de todos os males, mas podemos ter esperanças porque sabemos que o homem caminha para a luz, então é questão de tempo, mesmo que seja muito tempo.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Caravana 3

Agora já não era mais novidade, seria minha terceira caravana e eu já conhecia o ritmo, primeiro o passe no centro espírita, depois um delicioso café da manhã, depois a preparação para os trabalhos de evangelho no lar e a divisão dos participantes em 4 carros para nos dirigirmos ao local.
A primeira casa visitada foi da mãe de um adolescente autista, ele se distraindo no celular ouvindo música e a mãe esbanjando otimismo, e quando alguém observou que ela tinha muita luz, foi categórica em dizer que não gosta de três palavras: será, quem sabe e vou ver. Nosso dirigente endossou suas palavras e acrescentou que com ela era assim: falo e aconteço.  Foi feito o evangelho no lar e aconteceu as despedias marcando o próximo encontro.
Na segunda casa, ao chegarmos encontramos um bilhete do filho da moradora grudado na janela, que dizia: Bom dia meus irmãos! Sejam bem vindos, desde já, muito obrigado por estarem trazendo a palavra sempre com amor e sabedoria de Jesus Cristo. Gratíssimo. Mateus 10 versículo 16: Eu os estou enviando como ovelhas entre lobos. Portanto, sejam astutos como as serpentes e sem malicia como os pombos. Assinado: Carlos. Sua mãe com Alzheimer aos 92 anos, exibiu as unhas pintadas pelo filho e no fim do evangelho disse: tudo vai melhorar!
Na terceira casa, de uma senhora de 90 anos e sua filha professora de inglês, a senhora disse que quando nasceu, Deus deve tê-la embrulhada com plástico bolha, pois apesar dos tombos que já deu  nunca se quebrou, realmente era uma protegida. Também disse que estava com a pia da cozinha entupida há dias, e num momento de desespero e fé, pensou que se tivesse alguém ali, que pudesse ajuda-la, a ajudasse, e então num passe de mágica a pia fez aquele barulho característico de desobstrução e se desentupiu. Fizemos o evangelho no lar e partimos.
Na quarta casa, de uma senhora que mora numa borracharia, a encontramos bem melhor que da última vez, estava sorridente e confiante no futuro, só não quis falar do marido do qual havia se separado, mas estava sabendo que ele estava bem, informações da filha do casal.  Fizemos o evangelho no lar e fomos para a última casa.
Na última casa, que a outra equipe já fazia o evangelho no lar, e que da última visita estava descrente do centro que tinha deixado de frequentar, agora pediu o endereço do nosso centro e estava com um astral muito bom.
Voltamos para o centro espírita, tomamos passe e depois das considerações e observações do dia de trabalho, demos por encerrados os trabalhos do dia rendendo graças à Deus.

E Agora José ? (19)

Sem despreendimento dos mundos materiais não pode haver a ascensão espiritual

Este tema para reflexão talvez seja o mais difícil para mim até o momento.  Entendo que não posso dizer do mesmo na prática o que penso teóricamente, tenho que dizer o que sinto, e tenho que ser honesto comigo mesmo. Não vou dizer que imagino parar de trabalhar e ficar de braços cruzados, sei que vou continuar trabalhando, e não imagino abrir mão do dinheiro que ganho e dos bens que usufruo, conquistados com tanto sacrifício. Eu não posso pensar em estar na posição de algumas pessoas da época de Jesus, quando Jesus mandou vender tudo , distribuir o dinheiro para os pobres e depois segui-lo.  Estamos em outra época, e não acho errado eu trabalhar e ganhar um dinheiro que me dê mais conforto e segurança.  Então acredito que minha missão para que eu possa ascender espiritualmente, seria eu mensurar até que ponto posso abrir mão do dinheiro, até que ponto posso usá-lo me despreendendo dele.  Eu preciso de uma casa, eu preciso de segurança, eu preciso de conforto, de um  carro pra me locomover, eu preciso de um plano de saúde para me proteger, e a teoria me diz que não posso me apegar a isto. Este tema é o mais difícil até hoje, então concluindo, acho que posso ter dinheiro mas não posso ser escravo dele, posso ter dinheiro mas tenho o dever de fazer a caridade com ele, acho que não posso ser escravo do dinheiro, tenho que ser seu senhor e usá-lo sabiamente.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Caravana 2

Começamos tomando um delicioso café com pão de queijo e bolo, e depois tomamos o passe e em seguida fizemos a leitura do evangelho e o pedido de proteção da espiritualidade.
O pessoal participante foi dividido em 4 carros e pouco antes de chegarmos a primeira casa a ser visitada, encontramos um clima diferente, dois rapazes logo cedo fumando narguilé e ouvindo funk. Já dentro da casa, todos espremidinhos, percebemos a felicidade da mãe que adotou uma criança autista ainda bebê. E agora, já rapaz, muito inteligente por sinal, era capaz de calcular que dia da semana cai qualquer dia informado, e ele com o celular na mão assistindo futebol, afirmou que no ano 2022 quer um violão um pouco caro que ele pesquisou na internet, e disse também que quer dirigir um ônibus prata no de 2055. Fico pensando como a mãe do rapaz irá administrar essa situação, mas com certeza Deus a fará capaz para isso. Fizemos o evangelho no lar e partimos.  A equipe agora foi dividida em duas turmas, para podermos fazer mais casas.  Minha turma foi para a segunda casa que era de uma senhora que tinha uma apêndice para ser operada, a barriga estava muito grande, mas o grande problema era sua diabetes altíssima e a pressão também.  O médico adiou a cirurgia, e ela deu graças à Deus, e fez questão de comentar sua aversão ao bolo de chocolate que queriam presenteá-la em seu aniversário. Foi feito o evangelho no lar e a deixamos com uma expressão radiante e feliz apesar de no dia anterior sua glicemia ter chegado aos 450.
Na terceira casa, um rapaz veio atender a porta e disse que seus pais tinham ido na missa, e que ele iria em seguida, e nosso dirigente comentou conosco que talvez não fosse mais necessário visita-los, pois esta família já tinha encontrado seu caminho.  Partimos para a última casa, e o que estranhei foi que até aquele momento só tínhamos visitado casas humildes, e agora era uma bela casa de uma pessoa de um poder aquisitivo melhor.  Quando o dirigente tocou a campainha, no interfone uma moça informou que estava no banho e que demoraria alguns minutos para atender-nos, o que realmente aconteceu. Estranhei que ela não nos mandou entrar nem no quintal, teríamos que fazer o evangelho na calçada. Também foi informando que iria sair e tinha um pouco de pressa, e já foi dizendo que estava decepcionada com a religião, que era espirita e o dirigente do centro que frequentava vivia falando em política, o que a desagradou e fê-la ter deixado de frequentar esse centro.  Era uma pessoa culta e disse que fazia o evangelho no lar sozinha e rezava sempre também sozinha, comentou que não achava importante uma igreja porque Jesus não fez nenhuma igreja, só ensinou o evangelho.  Comentou também que tinha um cunhado cientista que era ateu, e era uma pessoa extremamente boa e ajudava todo mundo, então para ser bom não é necessário ter religião nenhuma.  O dirigente confirmou sua afirmação e dai o bate papo se transformou numa preleção que ela fazia, e esqueceu sua pressa e não queria nos deixar ir embora.
Fizemos o evangelho na calçada e quando saímos comentei com nosso dirigente que este mundo é muito pequeno mesmo, quando a moça se referiu ao cientista ateu, falava do meu irmão que é casado com a irmã dela, comentei que meu irmão quando da presente de natal para minhas filhas, da antes ou depois do natal porque para um ateu não existe natal, mas quando vai prestar algum concurso sempre pede para nossa mãe acender uma velhinha.
Só a reconheci quando ela reclamou de estar com dor na coluna e dar seu nome para ser colocado na caixinha de vibrações, e como não nos víamos desde o casamento do meu irmão há quinze anos atrás, acredito que ela também não tenha me reconhecido, assim constatamos que o destino nos reserva surpresas e caprichos.  Voltamos para o centro onde recebemos outro passe e agradecemos a espiritualidade termos tido sucesso no trabalho.
Realmente para todos sempre é uma experiência marcante e agradecemos a Deus a oportunidade de podermos tê-la vivenciado.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Humanices

Meu colega de trabalho me disse que desde que saiu de casa estava se sentindo sufocado, com um aperto no peito, e quando encontrou com outra colega, ela chamou-o de lado, pediu desculpas e o alertou que ele estava com o suéter de gola "V" vestido de forma invertida, a frente para trás.
Mas porque?, simplesmente por ele ter se vestido no quarto escuro.  Eu não posso falar nada, um dia fui trabalhar com um sapato de cada cor e fui logo percebido por um diretor que visitava a loja.  Isto porque o médico recomendou para eu nunca usar o mesmo sapato no dia seguinte, o ideal seria ter três pares e ir usando um após o outro para eles irem se secando. Eu tenho dois pares, um preto e um marrom, e também me visto no quarto escuro, então ai esta a explicação.
Mas isto é muito comum, um amigo meu que trabalhava na prefeitura nos anos 70 foi trabalhar com um tênis de cada cor, e ao ser observado pelos colegas e ser um tremendo gozador, justificou que agora era moda, que o Roberto Carlos que tinha lançado, e o que foi mais engraçado é que vários colegas seus no dia seguinte também vieram com tênis diferentes em cada pé.
Mas isto é normal, quem nunca fez uma humanice ao se vestir e foi perceber quando não tinha mais jeito de se arrumar?
Portanto digo a meu colega do suéter de gola "V" que fique tranquilo e sorte que não usamos mais cuecas samba canção, senão ele correria o risco de ir no médico com a espinha torta e o médico ao examiná-lo constatar que ele tinha abotoado o botão da camisa na casa do botão da cueca!