A semi-loira entrou na delegacia e disse ao delegado que veio fazer um boletim de ocorrência pelo roubo de uma jaca. O delegado como estava em seus melhores dias, estava com tempo, e a semi-loira merecia uma certa atenção pelas suas formas, resolveu dar corda e levar o dialogo adiante.
Perguntou se ela tinha certeza se era uma jaca mesmo, não seria uma melancia ou outra fruta, um abacaxi ou uma uva itália?
A semi-loura foi categórica, disse que tinha certeza que era uma jaca porque a casca não era lisa, e não era abacaxi porque não tinha coroa e não era uva porque a jaca não estava num cacho.
O delegado perguntou se ela já tinha ido no ministério da agricultura pegar autorização para fazer reconhecimento no Ceasa se sua jaca estaria lá, mas ela disse que não porque não entendia de leis, afinal era psicóloga.
O delegado então pediu para ela usar seu conhecimento psicológico, oras, quem roubaria uma jaca , ou seria possível uma jaca se esconder?
Deveria também verificar a origem da jaca, se foi comprada no mercado, ganha de presente ou roubada, o delegado achava que ai estava a chave do mistério, e por dentro se divertia com a encucação da psicóloga. A psicóloga ficava cada vez mais confusa e comentou com o delegado que tinha usado seu olfato para ver ser achava a jaca pelo cheiro, mas o delegado disse que seria impossível, era melhor ela usar a audição, afinal jacas perdidas ou roubadas choram muito de saudade e soltam lagrimas viscosas e grudentas.
A noite chegava e o delegado estava cansado de se divertir com a inocência da psicóloga, então levantou e pegou na geladeira uma jarra com suco de cajá e ofereceu para a psicóloga. A psicóloga mais que depressa falou que o delegado era muito esperto e ele estava escondendo sua jaca, foi ele que roubou sua jaca, bateu no liquidificador e inverteu o nome para cajá para não ser reconhecido.
Então o delegado disse que já estava no fim do plantão e gostaria de leva-lá na marginal para ajuda-lá procurar a jaca, afinal na marginal tem muitas barracas de frutas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário