quarta-feira, 25 de março de 2015

Sutiã de Vaca

O homem em sua historia sempe se interagiu com os animais,  apurando as raças e moldando-as conforme suas necessidades,  dai a existencia de tantas raças de cães,  de guarda,  de companhia,  e tantas raças de vacas,  de corte,  de leite etc.
Vendo na tv uma reportaem que falava sobre a mastite,  doença comum em vacas leiteiras,  se dizia que muitos produtores davam a alimentação para as vacas apos a ordenha,  evitando assim que elas se deitassem no chão,  o que permitiria a entrada de bacterias pelos tetos ainda abertos.
Muito curioso que sou,  tive a brilhante ideia de criar um sutiã para vaca,  e consultando a internet fiquei triste em ver que a ideia ja tinha sido usada em Oymyakon, na Russia  onde evitava o congelamento do ubere das vacas em temperaturas menores de 64 oC graus.
Pode parecer engraçado,  mas os animais participam de nossas vidas,  muitas pessoas se emocionaram a ponto de verter lagrimas,  inclusive eu, assistindo a doma racional de cavalos por Monty Roberts;  episodios com o Dr Pet são sucesso na tv,  e quem não se lembra do marchand e colecionador Boghici e sua esposa Genevievi,  que apareceram chorando em uma reportagem na tv,  não pela perda do quadro "Samba" de Di Cavalcanti em um incendio, e sim pela morte de uma gata, animal de grande estima.
Dentista para cães,  salões de beleza para cães e gatos,  shampoo e maquilagem par cavalos,  roupinhas de todos os tipos e modelos para os mimos,  teho certeza que se eu inventasse o sutiã para as vacas,  algum estilista inventaria o "tomara que caia" e a "frente unica" para as leiteiras.
Mas tambem existe o lado triste desta relação,  e em muitas cidades do mundo ja é proibido o uso de animais em circos,  no Brasil é proibido a briga de galos,  mas o que entristesse é asistir a pesca esportiva,  onde o pescador fura a boca do peixe com o anzol,  tira-o da agua com uma especie de alicate,  e exalta a propria nobreza em devolve-lo ainda vivo para a agua,  mas o que esperar de seres que lutam UFC e alimentam as gerras em pleno seculo 21 ?
Nao estranharia que as vacas a modelo  dos anos 60 fossem a publico e em sinal de protesto queimassem os sutiãs, e os cavalos arrancassem as ferraduras e jogassem para cima, e torçamos para que não estejamos por perto, porque se caissem em nossas cabeças teriam trazido azar e não sorte! 
  


quarta-feira, 18 de março de 2015

A Festa no Céu

 
Era festa no céu,  festa iluminada à luz de luar; o pisca pisca constante das luzes era tarefa dos vaga-lumes,  a musica cabia à coruja e aos grilos  ja habituados a cantar nas madrugadas.
As pombas,  recepcionistas da festa,  davam as boas vindas aos bichos que iam chegando. O pavão como sempre era quem vinha mais bem vestido com seus brilhos,  a galinha de angola usava sua costumeira roupa de bolinhas.  A cabra entrou esnobando os brincos naturais,  e a zebra usava seu classico traje listrado.
O macaco animava a festa com suas piadas muito engraçadas,  e o leão balançava a juba como se estivesse fazendo um comercial de shampoo.   De repente fez-se silencio,  todos pararam e olharam para a porta,  era o gato chegando,  alisava o bigode e ajeitava a gravata.
Sim,  o que chocou todos era a gravata,  uma gravata cor de coral,  e os bichos eram contra o uso de enfeites artificiais,  inclusive isto ja tinha sido discutido em conselho,  o uso era considerado uma heresia.
Todos concordaram,  o gato com seu pisar macio e bigodes escuros,  era realmente traiçoeiro,  ele estava imitando os humanos.  Os humanos é que usavam tais enfeites,  e todo mundo sabia que  para obter os enfeites os humanos sacrificavam os animais.
Se enfeitavam com as penas da arara e do faisão,  da pele da onça faziam gola de casaco, da pele do jacaré faziam bolsas,  do couro do boi então nem se fala.

Nisto,  todos olhando para o gato,  perceberam que ele estava com os olhos esbugalhados  tentando tirar a gravata.  Qual foi a surpresa,  quando viram a gravata se mexendo,  só ai foram perceber que a gravata,  não era gravata,  era uma cobra coral que tinha aproveitado a vaidade do gato,  e tinha-o usado para entrar na festa,  festa que nunca tinha sido convidada.
Moral da estoria: às vezs a vaidade enforca a gente

domingo, 1 de março de 2015

A Mão

Ele estava com a mão no bolso, a mão direita,  a esquerda engessada não cabia no bolso,  na verdade ele se sentia com a mão atada.  O editor tinha encomendado uma cronica sobre a mão,  era mais uma das manias do editor,  e ele simplesmente tinha dado este tema por ver a mão do escritor quebrada e engessada.  Era angustiante,  poderia escrever uma cronica sobre um chefe de estado mão de ferro,  mas talvez este assunto não fosse interessante nestes tempos modernos de democracia,  hoje um chefe de estado assim estaria na contra mão da historia.
Ele olhava pela janela,  la embaixo uma rua estreita de mão unica,  seu velho carro comprado de segunda mão,  e ele precisando tanto de uma ajuda e ninguem lhe dava uma mão.  Caso sua cronica fosse aceita,  o pagamento viria a calhar,  seria uma mão na roda,  mas ele  não tinha uma opnião   de terceiros formada sobre este seu trabalho,  seu editor estava vendo-a em primeira mão.  Ele achava que não seria tão dificil,  achava que seria bem sucedido,  esta ideia o acompanhava há muitos anos,  desde que aquela cigana tinha lido sua mão e feito esta previsão.  Há ! se fosse famoso,  os editores iriam disputa-lo,  e comeriam em sua mão.  Lamentavel,  o editor saiu da sala com a cronica em uma mão e a outra mão no queixo,  parecia desconcertado,  na verdade recusou a cronica,  e o motivo era que tinha pedido uma cronica sobre a mão,  e a sua não tinha nem pé, nem
cabeça.