Gente! hoje é meu aniversário e completo 66 anos.
66 é meia meia, um belo número, nem imagino que bicho seria no jogo do bicho, mas minha geração que curtiu um fusquinha sabe que o meia meia é um número emblemático e até hoje é um sonho para aficionados e colecionadores.
Tive vários fusquinhas, mas o que tive muito mais foram as havaianas. Acredito que ganhei o primeiro par com quatro ou cinco anos e foi comprado em Jales, depois que minha mãe viu um vizinho japonês usando e achou muito legal.
Nunca fiquei sem havaianas, fui crescendo, estudando, trabalhando, me casei e nunca deixei de usar as havaianas. As havaianas me acompanham nos meus momentos mais íntimos, até no banho quando estou totalmente nu estou usando as havaianas.
Tive várias cores e ultimamente até modelos mais arrojados, mas sempre havaianas. Nunca consertei as tiras com arame como muita gente faz, acho que é uma coisa tão barata que quando solta as tiras é melhor comprar um par novo.
Na festa do meu casamento não demos havaianas para os convidados como muita gente faz porque não fizemos festa, mas na minha lua de mel junto da noiva levei as havaianas.
Quando eu for embora deste mundo não faço questão de roupas especiais, mas quero levar minhas havaianas, mas deixo claro que não tenho pressa, tomara que demore mais 66 anos.
Na minha lápide podem gravar: "Aqui jaz José com suas havaianas, não por serem as sandálias da humildade, mas por serem as sandálias da utilidade".
Quem ler esta crônica não pode falar que nunca teve um par de havaianas!, ninguém!. Aliás, quem nunca apanhou da mãe com uma havaiana?
Tive vários fusquinhas, mas havaianas tive muitas, muitas mais, e isto não é ostentação, porque havaianas é igual nariz: todo mundo tem!
Parabéns, muito bom.
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