quinta-feira, 19 de março de 2020

Dia Internacional da Mulher

Começa o dia com o repórter Carlos Tramontina entrevistando a última eleita para a Academia Paulista de Letras, Maria Adelaide Amaral, lembrando que nesse grupo de 40 componentes, poucas são as mulheres, porque em nossa sociedade as mulheres sofrem preconceito em todos os setores, fato lembrado ao acaso logo neste dia tão importante.
Logo após, eu mostrava para a Sol um vídeo onde o Dr. Drauzio Varella entrevistava uma transexual no presídio, quando ela se emocionou ao falar que fazia 8 anos que não recebia nenhuma visita, e de imediato o Dr. Drauzio a abraçou com um abraço fraterno, e esta cena foi muito comentada por ser de tão grande emoção e amor ao próximo.  Mas transexual é mulher? Sim, uma mulher nascida no corpo de um homem.
Então a Jucilene ao ler um texto que fiz para o curso que estou fazendo, me ligou e disse que hoje seria importante fazer uma crônica sobre o Dia Internacional da Mulher, mas achei difícil porque não tem muito o que se falar de mulher, eu que trabalho num ambiente em que 80% são mulheres, realmente não sei o que falar delas.
Levantam de madrugada para cuidar dos filhos, fazer café e deixa-los na escolinha, recomendam a professora ficar atenta à criança que teve febre na noite passada, e vão para o trabalho com essa apreensão e pedem que a professora ligue se qualquer coisa não estiver normal.
Pegam o ônibus no ponto deserto com medo de motoqueiros assaltantes, sofrem assédio em ônibus lotados, e correm para não chegarem atrasadas.  Durante o trabalho lidam com clientes bons que as respeitam e com clientes sem caráter que as humilham, e na hora do almoço não deixam de ligar para a escolinha para ver se está tudo bem.   No fim do dia compram o leite ou alguma coisa para as crianças, quando o dinheiro permite, e cheias de sacolas tomam o ônibus lotado para casa, e ainda vão pensando nas contas que ainda estão por pagar.
Nem sempre um marido compreensivo tem paciência para torela-las e as vezes ainda além de não as ajudar na limpeza da casa,  ainda sujam mais.
E  nessa hora elas tem muita pressa, pois colocaram a roupa de molho para lavar e as panelas estão no fogo para preparar a janta das crianças e a marmita do dia seguinte para o marido.
Então penso muito e falo para Jucilene, que realmente não sei o que escrever sobre as mulheres,além de  que elas dão a luz e fazem disso a motivação de suas vidas, vivem em função dos filhos, e no fim do dia pedem à Deus que lhes deem forças para que possam continuar nessa missão.


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