Estamos sempre representando, a vida é um teatro constante, a peça começa ao raiar do sol e termina na luz da lua. As vezes começamos representar quando chega a lua e vamos até o raiar do sol.
Todos os dias repetimos todas as cenas, já as conhecemos, procuramos fazê-las cada vez melhor, e minuto a minuto surgem novas circunstâncias e novas situações. Temos de usar a criatividade e a tolerância, as vezes a mágica e a resignação.
Todos os dias novas esperanças, novas ilusões, e a peça continua, graças a Deus que continua!
As vezes o desespero, o medo, mas a fé é maior e a vontade de ir em busca da vitória é possível, então a gente se atira, põe a cara a tapa e vence.
Esperamos nunca sair de cartaz, que bom que não lembramos o que combinamos, não sabemos quando termina o contrato, lutamos para conquistar novos públicos e esperamos que eles gostem da gente, que nos queiram bem.
Os palcos são infinitos e a grande vantagem é que temos o livre arbítrio, podemos fechar a cortina quando quisermos. Escolhemos nossos parceiros para contracenar, e pedimos a clemência de um produtor maluco que nos permita ir até o último ato. Sorte que não sabemos quando será o último ato!, senão não teríamos força para em cada cena agradecermos os aplausos.