As imagens estavam turvas, mas elas falavam de flores, muitas flores, um homem forte com mãos grandes aparecia, queria que ela nunca saísse do seu lado, seria um amor eterno.
Visualizava também um lugar muito sereno, arborizado, os pássaros cantando e muita paz a sua volta, era como se fosse um mundo de fantasia, durante o dia o sol dourado no horizonte e a noite as estrelas piscando no céu. Era um verdadeiro sonho, seria um amor utópico.
Ela contava para a mãe o que a vidente tinha falado, e viajava em seus sonhos, suas ilusões, e a mãe descrente dizia que tudo isso eram bobagens, que ninguém poderia ver numa bola de cristal o futuro ou o passado, e que até o presente que estamos vivenciando não conseguíamos enxergar e entender bem.
Mas o coração jovem suspirava e a esperança de realizar os sonhos cegava-a.
Um mês depois do corpo ser encontrado com sinais de asfixia por mãos fortes no pescoço, a mãe saia do cemitério e em lagrimas lembrava da visão da vidente, ela tinha acertado até nos mínimos detalhes, que pena que tinha acertado, mas a bola de cristal é igual o presente que vivenciamos, não enxergamos e não entendemos bem.
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