sábado, 23 de março de 2019

E Agora José ? (9)

Diante da noite não acuse as trevas. Aprenda a fazer lume.
Para mim a vida nunca foi um mar de rosas, desde os cinco anos sofri com um pai que era alcoólatra, o que me trouxe graves problemas, mas mesmo assim sempre acreditei que sou um protegido e um abençoado de Deus, e a esperança de que tudo mudaria eu nunca perdi.
Depois, já adulto sempre senti a necessidade de me apegar em algo mais, na verdade eu já era apegado mas precisava cultivar e exercitar esse sentimento. Portanto sempre que minha vida foi noite, em sempre procurei fazer  lume para sobreviver.
Quando eu tinha em torno dos 21 anos sofri com a síndrome do pânico , que naquela época não tinha nome cientifico ainda, era simplesmente uma doença do sistema nervoso, e o que me ajudou foi a Associação Mens Sana de Parapsicologia, dirigida na época pelo Frei Albino Aresi, e através da parapsicologia que na minha opinião é espiritualidade, pude superar essa doença, sendo que até a poucos anos ainda tinha alguns resquícios e sintomas da mesma. Mas esse tema no sentido literal da palavra, também me faz sentido. Um dia ouvi um padre falar sobre o medo da noite, e não entendi, porque entendo que noite é noite e dia é dia. Mas agora na maturidade as vezes acordo a noite e sinto um pouco de insegurança, imagino que se tiver algum problema todos estarão dormindo em suas casas e não poderão me ajudar, todos estarão cuidando de suas vidas e não estão preocupadas com o trabalho, que só começara no dia seguinte.  Hoje analisando esse sentimento sinto que isso ainda é consequência do vício do meu pai, quando eu não via a hora do fim de semana acabar, para todos voltarem a seus afazeres, inclusive meu pai, que às vezes deixava de beber e voltava a seu trabalho. 
Tanto no sentido figurado como no sentido literal, o cultivo e o exercício dessa busca do lume eu faço refletindo, fazendo uma prece e rezando um pai nosso.


E Agora José ? (8)

Lembre-se de que o mal não merece comentário em tempo algum
Acho muito difícil falar sobre este tema, porque devo estar sempre sob minha vigilância para não cometer esse erro. Quando vejo um amigo criticando alguém não posso ser hipócrita em não aceitar as criticas e me omitir e na maior parte das vezes acabo endossando o que estou ouvindo. Porem o que faço é tentar minimizar a observação do erro tentando ver e compreender o lado da pessoa que errou, e o que a levou a errar. Também acho importante entender o erro para não acabar cometendo-o também.  Acho que devemos tomar como exemplo o erro alheio e comentarmos para também não o cometermos.  Como somos humanos precisamos de referencia para fazermos comparação, e falar sobre um erro com a intenção de nos corrigirmos e  evita-los, acredito que seja muito importante.
O que não posso é ser um comentador e divulgador dos erros dos outros, com isso não ganho nada, só perco, além  de difamar uma pessoa. Uma coisa que me incomoda muito é ligar a televisão ou o radio e  ver um noticiário, percebe-se que eles vivem de más noticias, falam e exploram um assunto até esgotar, e isso além de não levar a nada ainda cria um clima negativo que não tiramos nenhum proveito.
Acredito que o importante é observarmos, respeitarmos e nos policiar nos julgamentos.

domingo, 10 de março de 2019

Machu Picchu: Eu fui

Era um sonho da adolescência , o mistério da cidade perdida sempre me deslumbrou, e pude finalmente realizar esse sonho.
Descemos no aeroporto de Lima, a capital do Peru, e no local um alvoroço nos chamou a atenção, foi também a chegada de Susan Ochoa, vencedora do concurso Viña del Mar 2019 com a musica La Gata Bajo La Lluvia, estávamos no nível do mar e os fluidos eram muito bons.
Depois de dar um giro pela cidade, fomos para Cusco, mas antes saboreei o Pisco Sour e a deliciosa cerveja Cusqueña dourada. Em Cusco fomos na Plaza de Armas, um marco histórico onde vimos uma dança folclórica e dois casamentos com direito a musica ao vivo num clima muito festivo.
Na Plaza comprei um sombrero do Panamá e o que me chamou a atenção foi a dona da loja nos deixar a sós na loja para buscar em outro lugar meu número e cor escolhidos.
Também no dia seguinte a gerente do hotel deixou o hotel e nos levou ao ponto de taxi à meio quarteirão de distância, muita gentileza de um povo e senti que não era por sermos turistas.
Logo cedo tomamos o ônibus para chegar até a estação de trem que nos levaria ao Pueblo de Aguas Calientes, aliás, um trem de teto panorâmico para podermos ver as altíssimas e belas montanhas da região.
No dia seguinte bem cedo tomamos outro ônibus que nos levaria em 20 minutos ao Parque Nacional Machu Picchu, que significa "velha montanha", com altitude de 2.693 m.
Quando entramos no Parque minha filha contratou um guia e ai, senti falta do meu sombrero que além de ter custado muito caro, seria necessário para me proteger do sol e para as fotos, eu tinha esquecido no ônibus. O guia falou com o responsável pela entrada do Parque, e foi engraçado todos se mobilizarem com seus HTs para me ajudarem. Alguns minutos depois el sombrero foi localizado e trazido por outro ônibus às minhas mãos.
No Parque, caminhamos por 3 horas na cidade perdida dos Incas, que adoravam o sol, ouvindo as explicações do guia que é peruano e falava o português, vimos que a área é dividida em duas partes, a zona agrícola com seus terraços de cultivo e a outra com as ruinas, as casas, os lugares de cerimonias, de observação dos astros, o local de sacrifícios de animais e humanos, a casa das  moças escolhidas pela beleza, que serviriam ao rei que era polígamo, apesar da população ser monogâmica, e a casa do rei, apesar dele não morar lá,  sendo que essa área urbana também é dividida em dois setores, o alto e o baixo, que dividia o povo conforme a hierarquia que ocupava na sociedade. É difícil falar do que vi, pois o próprio redescobridor das ruinas Iram Bingham, da Universidade de Yale, disse : Acreditará alguém no que encontrei?", portanto não tenho mais o que falar, só vendo mesmo para acreditar.
Voltando para Lima, conheci a pirâmide de Huaca Pucllana, no badalado bairro de Miraflores, bairro de Mario Vargas Llosa, prêmio Nobel de literatura em 2010, pirâmide coberta de terra pelo último dos três povos que  habitaram o local, e nos anosa 80 era utilizada pelos praticantes de motocross, até que em 1981 máquinas que trabalhavam no local para abrir uma avenida fizeram a descoberta. Esta pirâmide tem 23 metros de altura toda construída em adobes de barro feitos à mão, e em 30 anos ainda não foi estudada nem a metade, imagina o que pode-se descobrir ainda destes povos que cultuavam o mar.
Onde passei não vi ninguém pedindo esmola, tem muitos carros velhos, outros bons e muitos tuc-tucs. A comida é extremamente saudável, a base de batata doce, abóbora, milho, e come-se também alpaca, cuy que é o porquinho da índia, rês que é a carne de gado e o chicharron de porco.
A bebida orgulho da mãe pátria é o pisco com o qual se faz um drink chamado Pisco Sour, que usa uma dose de pisco propriamente dito, que é um destilado à base de uvas, limão, açúcar, clara de ovo e 2 gotas de bitter. Para quem me conhece, sabe que consegui abrasileirar esta bebida, uso o pisco, maracujá, açúcar e gelo, e .....tim tim

E agora José ? (7)

Levante o caído. Você ignora onde seus pés tropeçarão.
Sempre que posso levantar alguém eu levanto, as vezes um estimulo, um elogio ou palavras de bom humor ajudam uma pessoa se sentir melhor e melhorar sua autoestima. A pessoa quando esta para baixo ou depressiva não consegue enxergar bem a realidade, então tento mostrar o lado positivo da situação e fazê-la entender que as coisas não andam sempre como queremos. Todo ser humano esta sujeito a cair, por erro próprio ou por circunstâncias da vida e realmente não sabemos quando então teremos que contar com a compreensão e a ajuda das pessoas que convivemos e que nos cercam.
Somos muito frágeis, talvez no mundo animal somos os mais frágeis. Uma tartaruga sai do ovo e vai para o mar sem conhecer seus pais, outros animais dependem por alguns meses dos pais para poderem se alimentar, mas nós humanos só vamos ser independentes depois de vários anos de vida.
A fragilidade do ser humano é que nos obriga a viver em família e em grupos, então levantar uma pessoa que cai é uma obrigação moral nossa, independente da religião.
Também sei que como sou ser humano, estou sujeito a errar e cair então tenho que ser humilde para pedir ajuda e agradecer uma mão amiga que possa me levantar.
Já aconteceu de eu tentar levantar alguém e essa pessoa não acolher minha ajuda, o importante é eu fazer o melhor que posso e deixar a pessoa usar seu livre arbítrio, pode ser que ela não queira ser levantada ou não esteja preparada para se levantar ou não entenda o que tento lhe passar e não leva a sério. Mas não tem importância, em outra oportunidade eu tento novamente.