quinta-feira, 19 de abril de 2018

A invenção da roda

Estamos na Mesopotâmia no ano de 4.000 AC, e Ubaid chama a atenção de seu filho Uruque para recolher lenha antes que chovesse. Esse era o trabalho de Uruque, recolher lenha, mas o que ele queria mesmo era cuidar da vaca, um trabalho que seu pai tinha destinado a seu irmão Ur.
Uruque recolhia a lenha e trazia aos poucos sobre os ombros que iam se machucando e calejando, as vezes trazia arrastando no chão, mas era um trabalho muito pesado.
Uruque tinha visto na cidade homens carregando pedras imensas que iam rolando sobre troncos de arvores, então pensou em fazer o mesmo, mas um tronco de arvore também era pesado para rolar, e a ideia foi cortar o tronco em rodelas, assim nasceu a roda, e para ligar uma rodela a outra precisaria de um apoio, assim nasceu o eixo.  Como a lenha era miúda e era impossível equilibra-la sobre o eixo, teve a ideia de fixar ali uma plataforma, e para puxar a plataforma colocou dois varais de madeira. Tinha nascido a carroça.
Seu pai Ubaid vendo isso chama o filho de vagabundo por ter  preguiça de carregar a lenha nas costas e ficar inventando subterfúgios, e a esposa de Uruque chama-o de inteligente, afinal porque fazer muita força se com pouca força poderia transportar muito mais lenha?
Mas tudo isso são só divagações, talvez até chegar da roda à carroça tenha demorado anos, mas uma coisa é certa, alguém inventou a roda e passou a usa-la para  o transporte de alguma coisa, e esse invento que  talvez seja o maior invento da humanidade  passou desapercebido, não foi registrado o nome do gênio que inventou.
Agora no Brasil em 2.018 DC, Thomaz Edison e Santos Dumont tem seus nomes gravados na historia da humanidade, mas o inventor da roda nem se sabe quem foi.
Reles cantores e jogadores de futebol ficam milionários com um trabalho que não tem peso nenhum para a humanidade, logico, não esquecendo a alegria que proporcionam aos que ouvem ou assistem, mas pode-se comparar com o valor da invenção da roda, de quem não sabemos nem o nome?
Pobre Uruque, que Deus o tenha!

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Os Cinco Sentidos

Na escola logo cedo aprendemos o que são os cinco sentidos, Visão, Tato, Audição, Olfato e Paladar. Eles são essenciais para nossa sobrevivência, mas no meu ponto de vista, o mais importante é a visão.
Uma pessoa cega desce a rua com uma bengala, vai tateando a calçada para evitar degraus e obstáculos, não sabe o que pode encontrar à sua frente ou já esta tão acostumada que conhece todos os obstáculos pelo caminho. Soube de um caso que a criança era daltônica, não conseguia identificar as cores, é como se estivesse vendo uma TV em branco e preto, e sua mãe se achava culpada, achava que não tinha ensinado as cores para a criança.
Quem perde o paladar perde um dos grandes prazeres da vida, saborear os alimentos que mantém nosso corpo.  A audição muda o comportamento da pessoa, além da dificuldade de comunicação, ela fica limitada em seu mundinho e normalmente fala alto, muito alto, porque não tem noção do volume, isto quem perdeu a audição durante a vida, porque se já nasceu surdo,  normalmente nem aprende a falar. 
Engraçado é que nossa voz, que nós ouvimos, não é a mesma que as pessoas que nos cercam ouvem, o som vibra em nossa caixa craniana modificando os sons. Fala-se que Beethoven quando ficou surdo, colocava um pedaço de madeira na boca e encostava a outra ponta no piano, assim pela vibração identificava as notas e a combinação de sons.
O tato normalmente só perdemos na pontas dos dedos ou em algum lugar específico, ou mais grave quando lesionamos a coluna espinhal.
Um sentido interessante é o olfato, como é gostoso sentir o cheiro da chuva, o cheiro da terra molhada, ou então caminhando a noite pelas ruas sentir o cheiro da Dama da Noite, é muito bom também o cheiro que sentimos perto de uma churrascaria, ou então de uma pizzaria.  O cheiro humano que é exalado pelo calor pode ser muito gostoso, sensual, mas também pode ser ruim quando a pessoa não cuida da higiene.
Quando a gente anda de moto nas ruas sente muitos cheiros que quem anda de carro não sente, cheiro de comida, de carne assada e acredite, no transito, muito cheiro de maconha, as pessoas fumam achando que no carro ninguém vê.
Um ambiente pode até não estar muito limpo, mas quando se coloca um perfume da uma impressão de limpeza, e coisa interessante, um queijo gorgonzola tem um cheiro forte talvez não muito agradável, mas tolerável e desejável para quem aprecia, a mesma coisa é o peixe, um cheiro ruim mas para apreciadores se torna agradável.
Por incrível que pareça, um cheiro que me incomoda mas traz boas recordações é o cheiro da urina em banheiro publico, geralmente lembro de banheiros em postos de gasolina em viagens que faço.
Numa dessas viagens conheci uma famosa fazenda produtora de leite tipo A, onde recepcionado pela veterinária e numa conversa informal comentei que trabalhava em supermercado e minha filha dizia que eu chegava em casa com cheiro de supermercado, aliás um cheiro bem característico, e a veterinária mais que depressa disse que tinha saído com uma amiga e a amiga observou que ela estava com cheiro de vaca!, rimos juntos.
Quando temos um sentido deficiente, automaticamente desenvolvemos e aprimoramos um outro para suprir necessidades, mas um sentido que eu gostaria de ter, e ter bem desenvolvido, é o sexto sentido, uma percepção da vida no dia a dia para tomar decisões, errar menos, evitar pessoas negativas ou que nos causam problemas, para viver melhor e ser mais feliz.
Chamado de "Ajna" ou terceiro olho o sexto chakra situa-se no ponto entre as sombrancelhas e quando bem desenvolvido pode indicar um sensitivo de alto grau.